Conheça o framework que estrutura as ações de gestão das práticas ESG para promover maior sustentabilidade nas organizações.
Mais do que nunca, nós devemos conversar sobre a ética e a educação para a sustentabilidade (EDS). Este texto tem base nos meus estudos de doutorado com foco na ética de Enrique Dussel (2007) e de pós-dourado, com foco em EDS.
A partir de documentos globais sobre o tema (2016, a, b), podemos conceber uma estrutura completa, estratégica e sistêmica a respeito da sustentabilidade empresarial. Com isso, é possível compreender o alcance da sustentabilidade empresarial em suas dimensões ética, social, ambiental e financeira.
Hoje, essa estrutura ganha a atualização das Agenda 2030 da ONU, das premissas ESG e da Agenda Reset Work do Banco Mundial. Dessa forma, essas agendas aceleram e pivotam as ações de governança empresarial, para as empresas poderem competir e lucrar por meio de diretrizes planetárias.
Isso não é tarefa fácil, e há muito o que ser feito. No decorrer da minha pesquisa de pós-doutorado, realizada na PUC/SP, entrevistei líderes que atuam em grandes empresas. A maior parte deles informou que, no âmbito da sustentabilidade, o foco é atender as demandas legais de sustentabilidade ambiental e financeira.
Por outro lado, no trato da sustentabilidade social, observei que isso nem esteve presente. Muitos deles alegaram que, apesar de acharem o tema importante, as empresas não tinham ações na área. Do total, poucos foram os que trouxeram evidências de uma ação comprometida com o tema. A pesquisa foi realizada em 2016 e serviu de base para artigos que seguem nas referências.
Comparações entre o Brasil e o ambiente externo: avanços de longa data
Em 2011, estive na Suécia e pude ver como, já naquela época, as empresas já atuavam com essa espécie de framework. Elas já utilizavam racional e eficientemente os recursos naturais, trazendo inovação e sustentabilidade para seus portfólios de produtos e serviços.
Não por acaso, são os europeus que estão na liderança da Agenda 2030. Esses países estão fortalecendo normas e diretrizes para que a economia de baixo carbono possa tracionar e tornar uma realidade.
Como isso se dará em nosso país? Pelo amor ou pela dor, vai ser a escolha das empresas. Este é o dilema do momento, e quem ainda não agiu precisará tomar decisões para implementar o framework de modo legítimo.
E aqui vale um destaque importante: os consumidores e investidores globais estão atentos às ações das empresas. Eles estão mais que preparados para “tirar a tinta verde” do logo e separar aqueles que fazem por convicção daqueles que agem por conveniência. O mercado está maduro e não aceita práticas de greenwashing para parecer sustentável e garantir os investimentos ESG.
Análise do framework: dimensões e práticas a serem adotadas
Por fim e com base em diversos estudos e no que apresentei acima, deixo aqui o framework atualizado, na versão de setembro de 2021. Ele serve de referência para a criação legítima de políticas e práticas que alinhem o binômio desenvolvimento sustentável com crescimento econômico.
Dessa forma, é possível atender as pautas atuais de ESG. Use com responsabilidade – ambiental, social, ética e financeira!
Post Original:https://arbache.com/blog/a-gestao-estrategica-e-sistemica-de-sustentabilidade-etica-social-ambiental-e-financeira/