Guia de Práticas ESG
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Ir além dos lucros e praticar a boa cidadania corporativa, como publicar informações com credibilidade para o seu público de relacionamento? O que as empresas ganham com isso?

Ana Paula Arbache Ph.D

Com o crescimento da demanda em torno das diretrizes ESG, que são voltadas para práticas ambiental, social e de governança corporativa responsável (termo em língua inglesa: environmental, social and corporate governance – ou ASG em língua portuguesa: ambiental, social e governança), ganha destaque a necessidade das organizações apresentarem os seus relatórios de sustentabilidade, principalmente em modelo integrado (ARBACHE, 2022).

Um dos modelos internacionais mais utilizados e capaz de gerar credibilidade e transparência para as informações publicadas nos relatórios é o criado pela GRI, uma organização internacional independente e pioneira na estruturação de relatórios a partir de padrões globais.

A GRI – Global Reporting Initiative oferece, gratuitamente, o modelo do relatório que pode ser elaborado de forma modular e que apresenta os impactos sociais, ambientais e econômicos dos negócios realizados pelas organizações.

As empresas, governos e instituições privadas e públicas de qualquer porte ou setor podem publicar seus relatórios de sustentabilidade. Eles são ferramentas importantes para desenvolver e orientar uma estratégia de gestão voltada para indicadores sócio-ambiental e econômico.

Por que a agenda ESG acelera a demanda pela publicação do relatório de sustentabilidade?

O fato é que, por meio dele a organização gera confiabilidade para as  informações publicadas, além disso:

  1. Apresenta a estratégia da organização em relação a gestão de indicadores;
  2. Melhora a relação das organizações com seus stakeholders;
  3. Facilita a adoção de metas para o alcance de uma gestão de negócios cada vez mais sustentável;
  4. Fortalece a sua credibilidade no conteúdo divulgado;
  5. Fortalece a imagem da organização;
  6. Viabiliza as chances de análises mais apuradas dos dados para parametrização de perfil da organização;
  7. Auxilia a organização a estabelecer metas e aferir seu desempenho, bem como orientar mudanças para tornar suas operações mais sustentáveis;
  8. Gera melhor reputação para a marca empregadora e mais valor para negócios e seus investidores;
  9. Mostra que vai além dos lucros, ou seja, apresenta os seus compromissos e metas efetivas em torno da cidadania corporativa, que está alinhada a uma agenda mais abrangente focada na vida do planeta e no bem-estar de todos.

A GRI recomenda que, após a elaboração do relatório, as organizações submetam o mesmo a uma auditoria externa e independente. A própria GRI  pode faze-lo e certificar o relatório indicando a sua  publicação a partir de critério próprios. Isso traz credibilidade para o documento.

O acesso às Normas e Padrões GRI é gratuito e as organizações podem escolher qual o tipo de informações irá publicar em seus relatórios, desde mais abrangentes, até mais específicas. Vale conferir todas as informações a respeito no seguinte endereço: https://www.globalreporting.org.

Uma boa dica para conhecer melhor como elaborar relatórios de sustentabilidade com foco em ESG é ler relatórios publicados por empresas que seguem os padrões GRI e são auditados externamente.

Nesse caso, sugiro os relatórios das empresas que fazem parte do Índice de Sustentabilidade da B3 e destaco aqui o relatório da Natura, que é um bom exemplo a ser seguido, vale conferir em: https://static.rede.natura.net/html/sitecf/br/11_2021/relatorio_anual/Relatorio_Anual_Natura_GRI_2020.pdf.

Post Original: https://arbache.com/blog/para-que-servem-os-relatorios-de-sustentabilidade-na-agenda-esg/

Quer saber mais a respeito de ESG? Leia também os textos abaixo escritos pela autora.
ARBACHE, Ana Paula. ESG: a pivotagem do mercado de capitais. In:<
https://arbache.com/blog/esg-a-pivotagem-do-mercado-de-capitais/>. Acesso em maio de 2022.
ARBACHE, Ana Paula & MUNCINELLI Gianfranco. ESG, Agenda 2030 e as Normas ISO: o futuro da economia. In:< https://arbache.com/blog/esg-agenda-2030-e-as-normas-iso-o-futuro-da-economia/>. Acesso em maio de 2022.
ARBACHE, Ana Paula & GUARANI, Glaucia. Responsabilidade Social e Diversidade. Editora FGV: Rio de Janeiro, 2020.
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