Guia de Práticas ESG
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O legado desastroso de governanças irresponsáveis que colocaram o lucro acima de tudo trouxe para o ambiente dos negócios a noção de que não era possível fazer o usual, era preciso repensar a forma de atuar e inserir estratégias e ações que considerem os impactos positivos e negativos que os negócios deixam por onde passam.

Imagem: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relacionados ao G de ESG: (8) trabalho decente e crescimento econômico; (12) consumo e produção responsáveis; (16) paz, justiça e instituições eficazes; (17) parcerias e meios de implementação.

Não foi da noite para o dia que investidores resolveram colocar uma lupa nas organizações e suas ações de governança para tomar decisões em relação aos investimentos. Muitos deles tiveram seus investimentos abalados por escândalos de corrupção, lavagem de dinheiro, subornos, desastres ambientais sem precedentes, denúncias de tráfico humano, trabalho escravo e trabalho infantil na cadeia produtiva, além de outros danos e até mesmo mortes nas comunidades onde os negócios atuavam. Assim, a luz vermelha ligada diretamente nos riscos relacionados a governanças pouco transparentes chamou a atenção do mercado financeiro.

O legado desastroso de governanças irresponsáveis que colocaram o lucro acima de tudo trouxe para o ambiente dos negócios a noção de que não era possível fazer o usual, era preciso repensar a forma de atuar e inserir estratégias e ações que considerem os impactos positivos e negativos que os negócios deixam por onde passam.

A mudança é considerável, pois as governanças terão de se orientar pelo lucro com impacto positivo. É certo que a inserção da temática no mundo dos negócios assume o sentido de proteger os investimentos e o próprio negócio. No entanto, isso é positivo, pois traz o compromisso de todos os stakeholders para tornar ESG uma realidade.

O compromisso e a responsabilidade são chaves para governanças corporativas que queiram atuar com as diretrizes ESG e as oportunidades estão por toda parte e todos os segmentos. O Conselho Global de Turismo Sustentável (CGTS) aponta que o setor pode entrar nessa jornada de modo virtuoso, mas terá que se adequar aos critérios e padrões demandados. O CGTS mostra que o segmento tem potencial de crescimento e pode inserir as diretrizes ESG para atrair consumidores conscientes que procuram empresas comprometidas com governança responsável, responsabilidade social e ambiental em seus negócios, algo que será decisivo em suas tomadas de decisões.

O comportamento do consumidor mudou. Ele busca mais transparência e confiabilidade, experiências genuínas e sustentáveis em hospedagens, transportes, eventos e deseja, ainda, contato com as comunidades de destino. A informação honesta e precisa é ponto crucial para unir as boas governanças em ESG com consumidores conscientes e com maior capacidade para discernir boas e más práticas.

A governança em ESG traz para a discussão a responsabilidade dos líderes em assumir essas diretrizes como norte de seus negócios. Isso será decisivo para consolidar a boa reputação da marca, tanto para investidores quanto para colaboradores, consumidores, cadeia de fornecimento e sociedade.

Do alinhamento estratégico até a ação, tudo deve passar por essas diretrizes.

BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

  1. Alinhamento entre os valores da organização com a estratégia, o planejamento e a execução das ações, tanto internamente quanto com os stakeholders envolvidos nos negócios nas regiões onde atuam.
  2. Conformidade com as leis locais, nacionais e internacionais, o cumprimento dos regulamentos.
  3. Busca por um conselho com representação diversa e responsável.
  4. Estabelecimento de área de compliance ativa e estrutura de gestão ética consolidada com missão, visão e valores, código de ética, comitê de ética, canal de denúncias, medidas disciplinares e auditorias internas e externas.
  5. Disponibilidade do código de ética para público interno e externo.
  6. Programas, treinamentos e ações de combate a corrupção, lavagem de dinheiro, suborno, fraudes financeiras e concorrência desleal.
  7. Programas constantes de prevenção a fraudes e comportamentos ilícitos.
  8. Controle interno de confiabilidade e rastreabilidade dos registros financeiros.
  9. Zelo pelas finanças com integridade e transparência na divulgação dos relatórios financeiros.
  10. Inserção da empresa em índices de sustentabilidade de bolsas de valores.
  11. Compromisso com investidores, fornecedores e consumidores que aportaram confiança na reputação da marca.
  12. Gestão de risco considerando os impactos negativos da operação nos locais onde atua.
  13. A responsabilidade pelo bem-estar, saúde e segurança dos envolvidos nos negócios nos locais onde a organização está presente.
  14. Ser embaixadora de uma cultura do acolhimento, livre de preconceitos, discriminações e assédios, bem como a promoção de oportunidades justas e inclusivas.
  15. Participar de organismos e associações no segmento onde atua, como parceira na promoção da governança responsável, ajudando a influenciar outras organizações e evoluir a agenda ESG no segmento.
  16. Acreditação na ISO 37001 e ISO 44001.

Quadro 6: Boas práticas de governança corporativa.

A governança é a embaixadora das diretrizes ESG, tanto para o público interno quanto para o externo. A reputação da marca e a atração de talentos e consumidores são respostas positivas que as diretrizes ESG trazem para o negócio, adicionando maior rentabilidade e competitividade.

A governança não deve “falar o que não faz” em relação a ESG, pois esse é o grande risco que as organizações correm ao querer mostrar algo que não fazem, ou corrigir danos que poderiam ter sido evitados.

É certo que inserir as diretrizes de governança demanda empenho e maturidade das organizações e líderes e que, para ativá-las, é necessário tempo e esforço contínuo. Toda empresa pode começar e estipular prazos para inserir ESG em sua governança, atendendo a suas especificidades, necessidades e ritmos. O importante é começar!

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