Guia de Práticas ESG
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Temas Discutidos

Discussão: Comunicação ESG
C1: Práticas legítimas de comunicação para o público interno e externo das diretrizes e ações voltadas para ESG, alinhando os stakeholders em uma narrativa e rede de valor compartilhado.
C2: Gestão de riscos sistêmicos relacionados a comunicação nos diferentes canais, buscando zelar pela reputação da empresa, bem como ativar a marca junto aos consumidores que têm as diretrizes ESG como valor para a tomada de decisão.
C3: Registrar e publicar relatórios de sustentabilidade e financeiros honestos, alinhados a padrões internacionais e aceitos globalmente, que permitam a rastreabilidade, monitoramento, auditoria dos informes das empresas (por exemplo, GRI).
C4: Participar de iniciativas públicas e de coalizão que disseminem as diretrizes ESG no setor auxiliando na criação de um ecossistema confiável, contributivo e inovador.
C5: Combater o greenwashing, socialwashing e fake ESG na comunicação da marca e influenciar o setor com a qualidade da comunicação.

O que já foi feito e gera ou gerou bons resultados

Para que todo o ecossistema seja beneficiado e aliado nessa jornada, a comunicação ESG deve facilitar o encontro da oferta e da demanda, gerando vínculos verdadeiros, criando oportunidades e acelerando a evolução da agenda sustentável nos negócios.

De fato, a discussão a respeito da comunicação com foco em ESG é imprescindível para que se estabeleçam uma cultura com maior solidez e uma marca cada vez mais desejada pelos clientes, parceira da sociedade e bem avaliada pelos investidores.

O Tema C1 – Práticas legítimas de comunicação para o público interno e externo das diretrizes e ações voltadas para ESG, alinhando os stakeholders em uma narrativa e rede de valor compartilhado – foi o amplamente discutido pelos participantes que, na ocasião, apresentaram as seguintes práticas a respeito:

  1. Aplicação, com coerência entre o discurso e a prática, criação de placas a respeito das ações de sustentabilidade no local do evento.
  2. Disponibilização de canal próprio para atendimento de questões ligadas a ESG.
  3. Ser agente de influência no setor disseminando as boas práticas.
  4. Utilização de mídias sociais para replicação das ações decorrentes de ESG.
  5. Organização de grupos de trabalho e de diálogo com os stakeholders.
  6. Realização de evento para comunicar o público interno e externo e para falar a respeito de diversidade.
  7. Criação de um programa de podcast com clientes para falar de responsabilidade ambiental.
  8. Organização de espaços nas organizações para que as pessoas tenham abertura para falar de diversidade e inclusão.
  9. Direcionamento específico para as redes sociais abordando o tema.
  10. Criação de grupos de afinidade e participação deles na criação e validação das peças de marketing da organização.
  11. Formação de grupos de voluntariados para dialogar a respeito de ESG.
  12. Inserção da agenda ESG na comunicação interna e nos treinamentos.
  13. Inserção das dimensões de diversidade nas campanhas de marketing da organização.
  14. Criação de comunicação em conjunto com os parceiros dos negócios.
  15. Apresentação das ações de neutralização de carbono para os clientes em eventos.

Tudo isso mostra que os participantes reconhecem as ações voltadas para a comunicação e conseguem trazê-las para o compartilhamento com alguma propriedade. Isso é importante para o aumento de maturidade no trato do tema.

Para avançar, o segundo tema mais abordado pelos participantes foi o Tema C3:

Registrar e publicar relatórios de sustentabilidade e financeiros honestos, alinhados a padrões internacionais e aceitos globalmente, que permitam a rastreabilidade, monitoramento, auditoria dos informes das empresas (por exemplo, GRI).

Assim como nós, em nossos papéis de consumidores, as demais pessoas também querem informações compreensíveis a respeito dos impactos gerados por suas escolhas, acessibilidade, preservação ambiental, respeito à cultura local, cuidado com os resíduos gerados, o compromisso com uma cadeia produtiva limpa e sustentável, o apoio efetivo ao emprego e à renda nos locais onde as empresas atuam, a preservação da biodiversidade e o acolhimento à diversidade.

Não por acaso, o Tema C3 ganhou um certo destaque nas discussões dos participantes, que trouxeram as seguintes práticas para serem compartilhadas:

  1. Elaboração e divulgação de relatórios de práticas ESG.
  2. Elaboração de relatórios com foco nas regiões onde a organização atua.
  3. Busca por acreditação e auditorias com foco em ESG.
  4. Divulgação oficial de relatórios com as práticas ESG.

O Tema C2Gestão de riscos sistêmicos relacionados a comunicação nos diferentes canais, buscando zelar pela reputação da empresa, bem como ativar a marca junto aos consumidores que têm as diretrizes ESG como valor para a tomada de decisão – recebeu somente um apontamento, sendo este direcionado para:

  1. Disponibilização de canal próprio para atendimento de questões ligadas a ESG.

Vale destacar que os Temas C4 e C5 não estiveram presentes nas discussões dos participantes neste item.

Ao que parece, há a preocupação de algumas organizações de apresentar suas diretrizes, ações e resultados para a sociedade, e isso é importante para fomentar o compromisso efetivo em relação à agenda e tracionar o segmento para essa direção. Além de tornar a comunicação organizada e transparente, favorece o acompanhamento das ações e resultados ajudando a avaliar a efetividade das diretrizes e gerar credibilidade e confiança nos consumidores que querem se aliar a marcar responsáveis e de boa cidadania corporativa.

O que está sendo feito, mas ainda não há evidências de bons resultados

De partida, temos o Tema C1Práticas legítimas de comunicação para o público interno e externo das diretrizes e ações voltadas para ESG, alinhando os stakeholders em uma narrativa e rede de valor compartilhado –, que recebeu a maior atenção dos participantes neste item. Interessante, mostrando a tendência de sua importância nas organizações e sua forte presença na pauta da comunicação ESG. Os participantes citaram as seguintes ações que estão sendo feitas, mas ainda não constam evidências de seus resultados:

  1. Inserção de aspectos das diretrizes ESG nos contratos com os fornecedores.
  2. Realização de treinamento interno e externo e contínuo para público interno e externo.
  3. Alinhamento com diversos setores.
  4. Melhor divulgação junto aos
  5. Antecipação de informações a respeito de ESG para influenciar e multiplicar.
  6. Disseminação de conteúdos mais robustos a respeito do tema (menos superficiais).
  7. Informar as ações de paperless que ocorrem na organização.
  8. Realização e participação de eventos na área para compartilhar experiências.

Neste item, o Tema C2Gestão de riscos sistêmicos relacionados à comunicação nos diferentes canais, buscando zelar pela reputação da empresa, bem como ativar a marca junto aos consumidores que têm as diretrizes ESG como valor para a tomada de decisão – teve a atenção dos participantes que indicaram a prática a seguir:

  1. Identificação de “loves” and “fakes”, contratação de agência especialista no tema, revisitando a gestão de resíduos e comunicação isso.

Do mesmo modo o Tema C4 – Participar de iniciativas públicas e de coalizão que disseminem as diretrizes ESG no setor auxiliando na criação de um ecossistema confiável, contributivo e inovador – foi tratado pelos participantes, que abordaram estas ações:

  1. Realização de parcerias com entidades para ajudar a divulgar o que está sendo feito.
  2. Realização de benchmarking para conhecer as práticas que estão sendo realizadas.
  3. Criação de portfólio de fornecedores que atuam com ESG.

Como se vê, os Temas C2 e C4 ainda demandam maior efetivação nas políticas e práticas das organizações.

Isso também pode ser dito do Tema C3: Registrar e publicar relatórios de sustentabilidade e financeiros honestos, alinhados a padrões internacionais e aceitas globalmente, que permitam a rastreabilidade, monitoramento, auditoria dos informes das empresas (por exemplo, GRI). Ele recebeu somente uma indicação de prática na área:

  1. Utilização de documentos da organização contendo informações do que está sendo feito.

O que não é feito, mas deveria ser feito, para que as práticas de governança corporativa possam ser alinhadas aos negócios do setor

É flagrante a evidência que o Tema C1 – Práticas legítimas de comunicação para o público interno e externo das diretrizes e ações voltadas para ESG, alinhando os stakeholders em uma narrativa e rede de valor compartilhado – obteve neste item. Ele também recebeu a maior atenção em relação às ações feitas e com bons resultados, mas aparece aqui como prática que não é feita, mostrando que ainda há um caminho a ser percorrido para que essa pauta possa ser realidade em algumas organizações.

O que foi apontado pelos participantes foi o seguinte:

  1. Melhorar atuação nas mídias sociais para abordar o que já faz em relação a ESG.
  2. Fazer melhores comunicações a respeito nos eventos.
  3. Criar materiais que viabilizem a aprendizagem do público de relacionamento.
  4. Fazer uma comunicação intensa antes, durante e depois dos eventos mostrando as práticas e resultados em ESG.
  5. Comunicar os primeiros passos em relação à inserção de ESG nas práticas da organização, divulgação para o cliente do censo de diversidade da organização.
  6. Fazer uma comunicação mais abrangente do que é feito e não só para os seguidores das redes sociais.
  7. Realizar o “cascateamento” da informação para todos na organização (topo e base alinhados).
  8. Estabelecer a coerência entre o que é feito nos eventos e o que a organização publica em seus canais de divulgação.
  9. Promover a comunicação dentro do mercado onde a organização atua.
  10. Unificar as informações internas, aumentar a comunicação interna.
  11. Realizar a comunicação efetiva a respeito dos direcionamentos de recicláveis e neutralização de carbono.
  12. Promover o “letramento em ESG” por meio de treinamentos e comunicações.
  13. Abordar nas comunicações da organização as ações em torno do uso de energia renovável.

De fato, há muito a ser feito em torno da comunicação nas organizações e os pontos acima mostram que os participantes possuem conhecimento para colaborar com a concretização dessa pauta em suas realidades.

O Tema C4Participar de iniciativas públicas e de coalizão que disseminem as diretrizes ESG no setor auxiliando na criação de um ecossistema confiável, contributivo e inovador – obteve comentários e foram indicadas as seguintes ações:

  1. Criação de parcerias com fornecedores em toda a cadeia produtiva em eventos.
  2. As organizações do setor divulgarem em conjunto ações ESG.
  3. Realização de comunicação integrada com parceiros nos eventos para gerar valor compartilhado.
  4. Os profissionais serem os agentes dessa transformação e não só os líderes, a organização e seus profissionais serem embaixadores do tema.

Por último e não mesmo importante, o Tema C3Registrar e publicar relatórios de sustentabilidade e financeiros honestos, alinhados a padrões internacionais e aceitas globalmente, que permitam a rastreabilidade, monitoramento, auditoria dos informes das empresas (por exemplo, GRI) – recebeu a atenção dos participantes, mas mostrou a escassez de práticas a esse respeito, obtendo duas indicações:

  1. Divulgação pública e de fácil acesso informando os resultados das ações ESG praticadas pelas organizações.
  2. Criação de um manual e uma agenda ESG para a organização.

Os demais Temas, C2 e C5, não foram tratados pelos participantes neste item.

Quais os fatores que criam barreiras e impedem as boas práticas de responsabilidade ambiental no setor de eventos e viagens corporativas

Não foram poucas as barreiras trazidas pelos participantes ao tratarem da comunicação. Grande parte delas aborda a necessidade de mudança de mindset, coerência entre o que faz e o que se divulga, como também maior clareza e entendimento ao que isso diz respeito. Como se vê, não será fácil instalar uma agenda de comunicação pautada nas diretrizes ESG se esses três pontos acima não forem muito bem trabalhados nas organizações.

Não se pode comunicar o que não se sabe, ou comunicar o que não se faz. Por isso, o tema da comunicação merece destaque e comprometimento da organização, tornando-a uma grande aliada das práticas ESG para a marca e seus stakeholders.

No entanto, há evidências de que é preciso melhorar a respeito disso, e os participantes elencaram as seguintes barreiras que têm impedido que a comunicação possa ser considerada desse modo:

  1. Necessidade de mudança de mindset.
  2. Falta de entendimento e clareza a respeito de ESG na organização.
  3. Incoerência entre o que a organização fala e o que faz.
  4. Carência de engajamento tanto com o público interno quando externo.
  5. Necessidade de criação de uma área específica para essa comunicação.
  6. Falta de conhecimento para saber comunicar e utilizar diferentes canais e redes sociais.
  7. Divulgação de fake news.
  8. Falta de informação adequada a respeito.
  9. Falta de priorização e comunicação das metas a serem alcançadas em ESG para o público interno.
  10. Carência de promoção da diversidade por meio da comunicação.
  11. Muita informalidade.
  12. Percepção de que o custo para realizar as práticas ESG é alto.
  13. Equipes sem tempo e esgotadas.
  14. É preciso que as organizações saiam da “bolha” onde atuam e comunicam.
  15. A questão dos orçamentos precisa ser revista para que ESG possa se tornar concreta na organização.
  16. Dúvida de como comunicar para um setor tão diverso.
  17. Falta de clareza para comunicar nos canais oficiais.
  18. Dificuldade para comunicar para público com diferenças culturais e diversidade geracional.
  19. Não há calibragem na comunicação a respeito do tom de fala e de como falar para diferentes públicos.
  20. Falta de maior objetividade e clareza nas informações relativas a ESG.
  21. Não há publicação de relatórios que permitam o conhecimento e o controle das práticas e resultados em ESG pelas organizações.
  22. O paradigma do alto custo para investimento impede o avanço das práticas e da comunicação em ESG.
  23. Falta de dados para suportar uma comunicação consistente.

Quadro 8: Barreiras para implementar uma boa comunicação corporativa sobre ações voltadas às diretrizes ESG.

A ideia de trazer a comunicação para o debate em relação a ESG não é por acaso. Nela, estão inseridas as oportunidades e os riscos que essa agenda detém. Para aproveitar o melhor que as diretrizes ESG oferecem é necessário atuar com coerência, consistência e congruência a partir do propósito do negócio, o que significa exercitar alinhamento entre narrativa e prática; atuar na verdade e no momento da empresa, na genuinidade das ações para além do cumprimento legal/compulsório, numa proposta ganha-ganha em prol de um mundo regenerativo, equânime e inclusivo.

Com isso, é relevante compreendermos que, para que todo o ecossistema seja beneficiado e aliado nessa jornada, a comunicação ESG deve ser transparente, confiável e legítima, facilitando o encontro da oferta e demanda, gerando vínculos verdadeiros, criando oportunidades e acelerando a evolução da agenda sustentável nos negócios.

Vale ressaltar que tudo começa no público interno, que, uma vez ciente, sensibilizado e engajado na agenda ESG, amplia sua consciência sobre condutas coerentes, traçando estratégias, projetos e ações alinhadas.

Desde os comunicados internos, trilhas de aprendizagem, campanhas de marketing, políticas corporativas até os documentos destinados a fornecedores, todos os conteúdos devem estar conectados a essas diretrizes para maior tração, performance, autoridade e reputação frente aos indicadores ESG.

 


O que já foi feito e gera ou gerou bons resultados?
FEITO

C1: Práticas legítimas de comunicação para o público interno e externo das diretrizes e ações voltadas para ESG, alinhando os stakeholders em uma narrativa e rede de valor compartilhado.

C3: Registrar e Publicar relatórios de sustentabilidade e financeiros honestos, alinhados a padrões internacionais e aceitas globalmente, que permitam a rastreabilidade, monitoramento, auditoria dos informes das empresas (por exemplo GRI).

O que está sendo feito, mas ainda não há evidências de bons resultados?
SENDO FEITO

C1: Práticas legítimas de comunicação para o público interno e externo das diretrizes e ações voltadas para ESG, alinhando os stakeholders em uma narrativa e rede de valor compartilhado.

C4: Participar de iniciativas públicas e de coalizão que disseminem as diretrizes ESG no setor auxiliando na criação de um ecossistema de confiável, contributivo e inovador.

C2:Gestão de riscos sistêmicos relacionados a comunicação nos diferentes canais, buscando zelar pela reputação da empresa, bem como ativar a marca junto aos consumidores que têm as diretrizes ESG como valor para a tomada de decisão.

C3: Registrar e Publicar relatórios de sustentabilidade e financeiros honestos, alinhados a padrões internacionais e aceitas globalmente, que permitam a rastreabilidade, monitoramento, auditoria dos informes das empresas (por exemplo GRI).

O que não é feito, mas deveria ser feito para que as práticas possam ser alinhadas aos negócios do setor?
NÃO É FEITO

C1: Práticas legítimas de comunicação para o público interno e externo das diretrizes e ações voltadas para ESG, alinhando os stakeholders em uma narrativa e rede de valor compartilhado.

C2:Gestão de riscos sistêmicos relacionados a comunicação nos diferentes canais, buscando zelar pela reputação da empresa, bem como ativar a marca junto aos consumidores que têm as diretrizes ESG como valor para a tomada de decisão.

C3: Registrar e Publicar relatórios de sustentabilidade e financeiros honestos, alinhados a padrões internacionais e aceitas globalmente, que permitam a rastreabilidade, monitoramento, auditoria dos informes das empresas (por exemplo GRI).

Quais fatores que criam barreiras e impedem a implementação de boas práticas em nosso setor?
BARREIRAS
  • Necessidade de mudança de mindset;
  • Falta de entendimento e clareza a respeito de ESG na organização;
  • Incoerência entre o que fala e o que faz;
  • Carência de engajamento tanto com o público interno, quando externo;
  • Necessidade de criação de uma área específica para essa comunicação;
  • Falta de conhecimento para saber comunicar e utilizar diferentes canais e redes sociais;
  • Divulgação de Fake News;
  • Falta de informação adequada a respeito;
  • Não há priorização e comunicação das metas a serem alcançadas em ESG para o público interno;
  • Carência de promoção da diversidade por meio da comunicação;
  • Muita informalidade;

Quadro 9: Quadro Kaban – Comunicação ESG. Fonte: Registros advindos dos grupos de trabalhos do Evento Hub ESG ALAGEV – Dinâmica World Café, realizado no Hotel Renaissance – São Paulo em 4 de agosto de 2022.

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